terça-feira, 5 de outubro de 2010

JOVENS EE O FUTEBOL NOS EUA

Jovens brasileiros vislumbram ingresso no futebol por intermédio de liga universitária dos EUA


Universidade do Futebol



O processo de profissionalização como atleta de futebol está quase que diretamente relacionado à formação nas categorias de base de clubes até o ingresso no departamento de futebol principal. Nesse tempo, a conquista de valências e atributos técnicos é paulatina, mas muitas vezes o desenvolvimento de aspectos humanos e educacionais acaba ficado em plano secundário. Em uma tentativa de conciliar toda essa realidade, jovens brasileiros estão buscando cada vez mais uma oportunidade em um mercado emergente da modalidade: os Estados Unidos.



Ligas universitárias norte-americanas já funcionam como passaporte para aspirantes que não têm a intenção de abandonar os estudos para se dedicar às equipes de baixo das agremiações. Programas de bolsas esportivas para defender equipes de futebol universitário nos Estados Unidos e abrir possíveis portas para a Liga Profissional, então, surgem como uma ótima alternativa.



“No Brasil nunca cheguei a me firmar em nenhum time devido aos estudos. Fiquei um tempo como teste na Portuguesa, cheguei a receber convites da Ponte Preta e outras oportunidades surgiram, mas nunca optei pelo futebol porque os horários eram incompatíveis aos da escola”, argumentou Fábio Villas Pereira, de 18 anos.



Atualmente, ele veste a camisa 10 do time de futebol da Universidade de Michigan. O jovem foi selecionado por intermédio de uma proposta da 2SV Sports, empresa especializada em intercâmbio acadêmico esportivo que já levou mais de 200 garotos para estudar e jogar futebol com bolsas esportivas nos Estados Unidos.



No último mês, em uma pré-seletiva com adolescentes interessados no projeto, todas as 50 vagas acabaram sendo preenchidas rapidamente. Muitos utilizam como amparo e referência os exemplos de outros compatriotas que obtiveram êxito na experiência de deixar o país e migrar para a América do Norte.



Benny Feilhaber é um desses modelos. Nascido no Brasil, ele se naturalizou americano e disputou a última edição da Copa do Mundo pela seleção dos EUA. Pablo Campos, que participou do programa de bolsa esportiva da 2SV Sports, profissionalizou-se e na última temporada foi o autor do gol do título de sua equipe, o Real Salt Lake.



De volta ao Brasil, Caio disputa a primeira divisão do Nacional pelo Botafogo, clube pelo qual se sagrou campeão estadual em 2010. No início do milênio, porém, o hoje profissional disputou torneios escolares de futebol nos Estados Unidos e recebeu uma proposta para assumir a nacionalidade americana.



Além deles, Ricardo Villar, sócio da 2SV Sports, jogou pela Penn State University, se profissionalizou pela equipe de Pittsburg e hoje joga na Alemanha.



“O sonho de se profissionalizar no futebol fez com que eu enfrentasse todo tipo de desafio. Passei na seletiva da 2SV e vim terminar a high school nos Estados Unidos. Foi interessante porque eu fui para uma escola em Connecticut só de homens. Eu tinha que usar terno e ir para a igreja todo dia. Foi uma experiência nova, eu não saia de final de semana, não tinha nada pra fazer, mas fiz isso pelo futebol e no final fui recompensado vindo para Wake Forest. Posso dizer que valeu muito a pena”, revelou Luca Gimenez, bolsista na Universidade de Wake Forest.



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