quarta-feira, 27 de abril de 2011

VC CHA QUE SOFRE

VOCÊ ACHA QUE ESTÁ SOFRENDO......

Jesus entrou em agonia no Getsêmani e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra. O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a decisão de um clinico. O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno raríssimo. É produzido em condições excepcionais. Para provoca-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finissimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríporas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra. Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraíco, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e Herodes. Pilatos cede, então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferentes estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe, e sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náuseas, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue. Depois o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que os da acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar. Pilatos o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da cruz. A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalço pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. Jesus fatigado, arrasta um pé após o outro, frequentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando Ele cai por terra a viga lhe espiga, escorrega, e lhe esfola o dorso. Tem inicio a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tira-la produz uma dor indescritível. Cada fio de tecido adere a carne viva: ao levarem a túnica se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Há um risco de toda aquela dor provocar uma síncope, mas ainda não é o fim. O sangue a escorrer. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pó e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Com uma broca é feito um furo na madeira para facilitar penetração dos pregos. Os carrascos pegam o prego pontudo e quadrado apoiando-no sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. O nervo mediano foi lesado. Uma dor lancinante, que se fundiu pelos dedos e espalhou-se pelos ombros atingindo o cérebro. A dor mais insuportável que um homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos, faz perder a consciência. Em Jesus não. O nervo é destruido só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego. Quando o corpo for suspenso na Cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino. Uma dor dilacerante que durará cerca de três horas. Elevam Jesus colocando-o primeiro sentado depois em pé, fazendo-o tombar para trás, o encostam na estaca vertical. Os ombros da vitima esfregam dolorosamente sobre a madeira áspera. A pontas cortantes da grande coroa de espinhos penetram o crânio. A cabeça de Jesus inclina-se para frente, uma vez que o diâmetro da coroa o impede de apoiar-se na madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudas de dor. Pregam-lhes os pés. Ao meio dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. Seu corpo é uma mascara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas Ele não pode engolir. um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Tudo àquilo era uma tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos se curvam. É como acontece à alguém ferido de tétano. Quando os sintomas se generalizam; os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco, mais curta. O ar entra com dificuldade, mas não consegue mais sair. Jesus respira como ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se torna num violeta purpúreo e enfim em cianitico. Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheio de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de òrbitra. Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforça-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração se torne mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial. Porque esse esforço? Porque Jesus Jesus queria falar: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem". Logo em seguida o corpo começa a frouxar-se de novo e a asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases por Ele na Cruz: cada vez que quer falar é uma agonia sem tamanho. Atraídas pelo sangue que ainda escorre e pelo coagulado, enxames de mosca zunem ao redor de seu corpo, mas Ele não pode enxota-las. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde; de repente a temperatura diminui. Logo serão três da tarde, depois de uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, a cãibra, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancam um lamento
"Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" Jesus grita: "Está consumado!" Em seguida num grande brado diz: "Pai nas tuas mãos entrego o meu espirito". E morre...em meu e seu lugar!
Só para refletir e meditar na nossa limitada consciência humana neste dia em que celebramos a morte e ressurreição de Cristo.

Nenhum comentário: