O espetáculo vai começar22/12/2012 | 16h06
Para receber grandes shows, gramado da Arena do Grêmio terá tecnologia especial
Estádio deve receber duas apresentações de artistas internacionais e edição do UFC em 2013
Tecnologia inglesa protegerá o gramado da Arena do Grêmio em eventos de grande porte
Foto:
Omar Freitas / Agencia RBS
Adriano de Carvalho
O gramado da Arena, que não se mostrou em condições ideais na partida inaugural contra o Hamburgo e no Jogo Contra a Pobreza, precisará de tecnologia especial para cumprir a vocação multiuso do estádio de sediar grandes espetáculos.
Ao menos dois shows com artistas internacionais e uma edição do UFC devem acontecer na Arena nos próximos 12 meses. Para receber eventos desse calibre, os gestores da nova casa do Grêmio se inspiram em exemplos europeus, como Wembley e Emirates Stadium, na Inglaterra, para formular métodos de montagem de palco e proteção ao gramado.
A ideia é que esse tipo de receita engorde o faturamento da Arena. Mas aos poucos. Em 2013, este tipo de evento representará 10% do total arrecadado. A grande maioria, 70% do dinheiro, virá de bilheteria e estacionamentos.
A verba restante será gerada através do aluguel de camarotes, de patrocinadores e da venda de naming rights do estádio. Eduardo Pinto, presidente da Arena Porto-Alegrense, pretende duplicar o faturamento com eventos em até dois anos. Para isso, a estratégia é importar conhecimento através de parcerias com arenas europeias.
— Não queremos só locar o estádio para que uma produtora faça shows. Nossa ideia é patrocinar, montar, divulgar, vender e só trazer o artista. Nesse caso, o risco passa a ser nosso. Mas o resultado financeiro também será muito maior — projeta Pinto.
Proteção para o gramado
Com o mesmo tipo de grama com resistência ao inverno que é utilizada em Wembley (lolium perenne), a Arena do Grêmio busca também na Inglaterra o método para proteger o campo durante eventos de grande porte.
FOTO: Divulgação
Placas translúcidas com ranhuras e furos seriam utilizadas para diminuir a pressão sobre o campo e permitir que a grama receba luz e água.
— Para eventos com até dois dias de duração, com seis dias de gramado fechado, é possível jogar futebol após 24h depois da remoção das placas — afirma Yves de Cocker, diretor da Desso Sports, empresa responsável pela tecnologia GrassMaster, que costura fibra sintética ao solo do gramado para dar maior estabilidade ao terreno.
Adaptações para eventos
Na Arena, qualquer tipo de evento é possível. Ao menos é o que garantem os gestores do espaço. A montagem de um grande palco, nos moldes do utilizado no show de Paul McCartney há dois anos em Porto Alegre (o maior já utilizado no Rio Grande do Sul, com 58 metros de largura, 25m de altura, 26m de profundidade e 40 toneladas de peso) aconteceria sobre parte do setor da geral, no lado norte, o único ponto sem cadeiras no estádio e com uma altura menor entre os degraus (15cm, ao contrário dos 30cm onde existem cadeiras).
— O palco ficaria atrás da goleira. Perderíamos 20 mil lugares na geral e na superior, que seriam repostos no gramado. A capacidade, neste caso, seguiria de 60 mil espectadores — complementa Pinto.
Para a realização de um evento do UFC, a montagem do octógono (com 9,75 metros de diâmetro, 1,8m de altura e 500 kg) seria em um dos cantos da Arena. O estádio, que deve receber a final do The Ultimate Fighter Brasil no dia 8 de junho, abrigaria no máximo 20 mil pessoas — com arquibancadas móveis dispostas no campo.
Ao menos dois shows com artistas internacionais e uma edição do UFC devem acontecer na Arena nos próximos 12 meses. Para receber eventos desse calibre, os gestores da nova casa do Grêmio se inspiram em exemplos europeus, como Wembley e Emirates Stadium, na Inglaterra, para formular métodos de montagem de palco e proteção ao gramado.
A ideia é que esse tipo de receita engorde o faturamento da Arena. Mas aos poucos. Em 2013, este tipo de evento representará 10% do total arrecadado. A grande maioria, 70% do dinheiro, virá de bilheteria e estacionamentos.
A verba restante será gerada através do aluguel de camarotes, de patrocinadores e da venda de naming rights do estádio. Eduardo Pinto, presidente da Arena Porto-Alegrense, pretende duplicar o faturamento com eventos em até dois anos. Para isso, a estratégia é importar conhecimento através de parcerias com arenas europeias.
— Não queremos só locar o estádio para que uma produtora faça shows. Nossa ideia é patrocinar, montar, divulgar, vender e só trazer o artista. Nesse caso, o risco passa a ser nosso. Mas o resultado financeiro também será muito maior — projeta Pinto.
Proteção para o gramado
Com o mesmo tipo de grama com resistência ao inverno que é utilizada em Wembley (lolium perenne), a Arena do Grêmio busca também na Inglaterra o método para proteger o campo durante eventos de grande porte.
FOTO: Divulgação
Placas translúcidas com ranhuras e furos seriam utilizadas para diminuir a pressão sobre o campo e permitir que a grama receba luz e água.
— Para eventos com até dois dias de duração, com seis dias de gramado fechado, é possível jogar futebol após 24h depois da remoção das placas — afirma Yves de Cocker, diretor da Desso Sports, empresa responsável pela tecnologia GrassMaster, que costura fibra sintética ao solo do gramado para dar maior estabilidade ao terreno.
Adaptações para eventos
Na Arena, qualquer tipo de evento é possível. Ao menos é o que garantem os gestores do espaço. A montagem de um grande palco, nos moldes do utilizado no show de Paul McCartney há dois anos em Porto Alegre (o maior já utilizado no Rio Grande do Sul, com 58 metros de largura, 25m de altura, 26m de profundidade e 40 toneladas de peso) aconteceria sobre parte do setor da geral, no lado norte, o único ponto sem cadeiras no estádio e com uma altura menor entre os degraus (15cm, ao contrário dos 30cm onde existem cadeiras).
— O palco ficaria atrás da goleira. Perderíamos 20 mil lugares na geral e na superior, que seriam repostos no gramado. A capacidade, neste caso, seguiria de 60 mil espectadores — complementa Pinto.
Para a realização de um evento do UFC, a montagem do octógono (com 9,75 metros de diâmetro, 1,8m de altura e 500 kg) seria em um dos cantos da Arena. O estádio, que deve receber a final do The Ultimate Fighter Brasil no dia 8 de junho, abrigaria no máximo 20 mil pessoas — com arquibancadas móveis dispostas no campo.
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